quinta-feira, 19 de abril de 2012

PROJETO MANO A MANO - stand up poetry


MANO A MANO










                                              APRESENTAÇÃO


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MANO A MANO é  um show de bolso onde Mano Melo intercala  poemas, seus e de outros autores, clássicos e contemporâneos,  com histórias engraçadas e fatos  interessantes vividos durante  sua trajetória poética, anedotas e filosofias. A poesia como espetáculo e como diversão, entretenimento. Amor e paixão, Deus e Liberdade, política, humor e crítica social pontuam o roteiro, através de um universo que engloba ícones reais e imaginários. Sem parafernálias cênicas, o que ressalta é a verdade das palavras e a emoção do poeta e ator em contato direto, olho no olho, com seu público. O formato é de uma stand up poetry, ao gênero das stand up comedy, comédia em pé, fórmula consagrada de divertimento e performance.



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                                            Claudia Alencar, uma das convidadas do Mano a Mano

                                             de março. No 00, Gávea., Rio de Janeiro


                                                       O ROTEIRO



A poesia de Mano Melo e seu modo peculiar de interpretação já são bem conhecidos do público. Neste seu novo trabalho, ele optou pelo formato de um roteiro variável, podendo ou não, a cada dia, serem apresentados poemas e histórias diferentes, de acordo com o desenvolvimento do espetáculo. Os elementos do show são: Poesia e  Histórias. O tempero é o humor. Contar histórias como quem diz poesia, dizer poesia como quem conta histórias. Junto a seus próprios textos, Mano Melo interpreta alguns clássicos da Poesia, que pode ir de Bandeira, até Vinicius e Drummond, de Bukowsky até  Pessoa e seus heterônimos. Tudo em tom de brincadeira, sem culturuosidades. Uma simbiose entre o poeta e sua platéia, com participação interativa do público. Os poemas e histórias  poderão ( ou não) variar a cada dia, de acordo com o andamento do espetáculo, revezando poemas conhecidos ou  inéditos.  O mote é mostrar que poesia também é show, é diversão, é entretenimento. Eventualmente acontecerão convidados, que poderão ser nomes super conhecidos ou não, mas artistas e personalidades de grande competência.




                                                       Mano a Mano, março, no 00, Gávea. RJ


                           M A N O    M E L O,  POETA E ATOR

MANO MELO é  poeta, ator, romancista. Desde 1979, quando retornou ao Brasil após viajar por dez  anos através do mundo (América Latina, Europa, Ásia e África ), tem interpretado seus poemas em teatros, tevês, rádios, bares, centros culturais, ciclos de poesia e congressos literários, universidades, escolas, até mesmo praças e praias, no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil, capitais e interior. Com sua poesia, Mano Melo já se apresentou do Rio Grande do Sul à Amazônia.

Tem formação de ator pelo Conservatório Nacional de Teatro e estudou filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, não terminando o Curso. Publicou sete livros de poesia e um romance.





       Como Puck, em Sonhos de uma noite de verão, de Shakespeare, no Parque Lage, Rio de Janeiro.



O ATOR - No cinema, participou de dezenas de filmes, curtas e longas metragens, como O Cangaceiro Trapalhão, Os Trapalhões e o Mágico de Orós, O Homem da Capa Preta, O Rei do Rio, Mais Uma Vez Amor, Anjos do Sol, entre outros.

 

Na televisão, teve participações em Chico Anísio Show, Dóris Pra Maiores, Abenteuer Unbergriffen (seriado para a TV alemã), e nas séries de teleteatro O Pagador de Promessas e O Auto da Compadecida, da TVE, na novela Mandacaru, da TV Manchete, como o cangaceiro Balaio -  em novelas e seriados, como História de Amor, Linha Direta, Viralatas, A Força de  um Desejo, Aquarela do Brasil, Um Anjo Caiu do Céu, Porto dos Milagres, O Clone, Coração de Estudante, Carga Pesada, Da Cor do Pecado, Cabocla, Bicho do Mato, América, Amazônia, Desejos Proibidos, Beleza Pura, entre outros.



Entre as peças que interpretou em teatro estão Guerreiras do Amor, de Domingos Oliveira, direção Jayme Periard, e Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare , como Puck, direção de Paulo Reis e Anselmo Vasconcellos ( na versão para o Parque Lage).

O monólogo de sua autoria O Lavrador de Palavras, estreou na Casa da Gávea, em 2000, e depois no Teatro Candido Mendes. A partir daí, tem sido apresentado em diversas cidades brasileiras, como Sorocaba, Resende, Penedo, Baependi, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Vitória, Cuiabá e Fortaleza, assim como em dezenas de espaços no Rio de Janeiro, eventos culturais, congressos, bienais.

Apresentou-se em dupla com Cristina Bethencourt, no espetáculo Poemas do Amor Eterno,  que cumpriu temporada na Casa da Gávea, Rio de Janeiro.



                           Chico Caruso no Mano a Mano de abril - 00, Gávea, RJ
                           Sentados, os mestres de cerimonia das noites, Mano Melo
                            e a atriz Cristina Bethencourt.

 O POETA - Além de seu trabalho individual, fez parte do grupo de poesia Ver o Verso, junto com Pedro Bial, Alexandra Maia e Claufe Rodrigues, que se apresentou durante três anos, de 1999 a agosto de 2002, quinzenalmente, no Rio de Janeiro, sempre com casa cheia, e percorreu várias cidades brasileiras, por teatros, centros culturais, feiras de livros e congressos de literatura, em São Paulo, Porto Alegre, Passo Fundo, Belo Horizonte, Tiradentes, Itabira, Salvador, Fortaleza, Maceió e Belém. Abriu os festejos do centenário de Carlos Drummond de Andrade em Itabira, MG, encerrando com histórico recital no dia 31 de outubro de 2002, aniversário de cem anos do poeta, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, junto com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal.




Autor de oito livros publicados, os mais recentes O Lavrador de Palavras, Viagens e Amores de Scaramouche Araújo ( romance) e Poemas do Amor Eterno, com que foi contemplado Melhor Escritor 2012 pela Revista Quem.

Participou do projeto Poesia faz escola, uma série de dez recitais em diversas
cidades do estado do Rio de Janeiro, para alunos de segundo grau  das escolas
públicas estaduais.

Abriu o show de lançamento do CD de Roberto Frejat no Canecão, Rio de Janeiro.

Foi convidado especial no show Noites de Humor, com Chico Anysio. O show
ficou em cartaz durante seis meses no Lounge do Rio Design Center, Leblon e
no Lounge do Rio Design Center da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Apresentou no Bar Churchill do Meliá Brasília Hotel, o recital Eros, Leros e
Boleros, junto com Cassia Kiss e Claufe Rodrigues. Recital que voltou três
vezes ao mesmo local, sempre com convidados especiais, como Carla Marins e Gabriel O
Pensador.

Seu poema Madonna foi adaptado e musicado por Ana Carolina, Alvin L e Antonio Villeroy. E está no  CD e DVD da cantora, de título Dois Quartos.

Mano Melo, em recitais individuais, já se apresentou em toda a cidade do
Rio de Janeiro, zonas norte e sul, oeste e cidades periféricas. Em bares, teatros, circos, universidades, colégios, inaugurações, eventos, festivais. De junho a agosto de 2008, esteve em cartaz com Sol Na Boca, com Claufe Rodrigues, participação de Mônica Montone  e a Banda do Sol, no Canequinho Café ( anexo do Canecão).


Estreou no Yledaré Hotel ( Miguel Pereira, RJ) seu novo espetáculo Mano a Mano com Mano Melo, tendo como convidados Belisa Ribeiro,  Cláudia Alencar e a artista plástica Gianni.

Em seguida, ocupou por dois meses, outubro e novembro, o Espaço Telezoom, no Leblon, Apresentando convidados ilustres como Cláudia Alencar, Arnaldo Brandão, Mu Chebabi, Maria Gladys, Elza Maria, Cristina Bethencourt, Marta Paret, Isadora Ribeiro, Luciana Belchior, Os Fulanos, e muitos outros artistas, cantores, músicos, atores e atrizes, comediantes, dançarinas.


No segundo semestre de 2011 o Mano a Mano foi apresentado no bar Alma Carioca, em Botafogo. Em março de 2012  reestreou  no 00 ( Planetário da Gávea), tendo como convidados Chico Caruso, Thaís Gulin, Glad Azevedo, Monica Montone e Claudia Alencar.  O show fica em cartaz no mesmo local uma vez por mês, até o final do ano.

Em março de 2012, o show reestreou no 00, casa noturna no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, onde acontece até o final do ano, mensalmente, sempre com convidados de expressão.



                                    Com Thaís Gulin, Mano a Mano de março, no 00, Gávea, RJ



                                   Mano Melo, Thaís Gulin e a atriz Cristina Bethencourt,
                                   mestra de cerimonias das noites do Mano a Mano no 00
                                  (Gávea, RJ).


MANO A MANO COM MANO MELO, Stand up poetry


CUSTOS



Base de cachês por espetáculo: 


RIO DE JANEIRO
2000 reais, podendo ser negociado se o contrato for para mais de um espetáculo. Ou bilheteria, com garantia pré-acordada de freqüência mínima.

FORA DO RIO DE JANEIRO
2500 reais, podendo ser negociado se o contrato for pra mais de um espetáculo. Ou bilheteria, com garantia pré-acordada de freqüência mínima.

Hospedagem, traslados e passagens ida e volta.

NO LOCAL DE APRESENTAÇÃO  é imprescindível:

Microfone com pedestal e retorno de som.

MANO A MANO COM MANO MELO, Poesia em pé, Stand up poetry, está
concebido para ser apresentado em todas as espécies de palco, da rua e do barzinho
até aos grandes teatros, aproveitando as disponibilidades técnicas de cada locação.
Um show portátil, que pode acontecer em qualquer tipo de espaço, universidades,
colégios, auditórios,  circos, congressos, eventos, solenidades, festivais,  festas,  feiras e bienais.



Mano a Mano julho 2012




ALGUMAS OPINIÕES SOBRE MANO MELO

“ MANO MELO é surpreendentemente engraçado e profundo,

um sensível observador que faz explodir a contemporaneidade

 poética que a gente não consegue enxergar”

CLAUDIA ALENCAR, poeta e atriz



“Mano Melo é a tradição vida poesia. Poeta-show!”

PEDRO BIAL,  jornalista, poeta e cineasta
 
“O LAVRADOR DE PALAVRAS é o melhor espetáculo que vi
nos últimos meses. A gente respira o Brasil.”
Ana Helena Gomes, jornalista


“É surpreendente a revelação de Mano Melo como ator porque, como
poeta, ele já é consagrado.”
PASCHOAL MEIRELES, músico

“Um poeta urbano, contemporâneo, ao mesmo tempo antigo  e rural.
Mano Melo é  fundamental”.

ANTÔNIO GRASSI, ator e presidente da Funarte



Mano Melo é Shakespeare com pimenta sonora.
CHICO CARUSO – jornalista, cartunista

Mano Melo é como o vinho. Quanto mais, melhor.
RENATO PIAU – músico

Qualquer palavra interpretada por Mano Melo vira obra-prima
ESDRAS DO NASCIMENTO - romancista



A Beth está chegando

A Beth está chegando



Música: de Mu Chebabi e Mano Melo

Entrevista


Entrevista exclusiva com Mano Melo.

Mano Melo, nome de peso da poesia brasileira, um dos maiores declamadores do Brasil. Desde que cheguei ao Rio de Janeiro, em 1993, tenho acompanhado a carreira deste incansável artista. De ator a poeta, de escritor a cronista e filósofo. Mano, na verdade é uma usina de arte ambulante E matriz de de um estilo único  de falar poemas. Sua oralidade reconhecida faz com que ele sempre se apresente no Simpósio Internacional de Contadores de Histórias. Cada poema seu tem uma tirada que sempre rende uma bela história, então, vamos conhecer este cearense que vive no no Rio de Janeiro.
Mano Melo, um dos maiores declamadores brasieleiros
de todos os tempos.
Jiddu Saldanha – Quando a poesia começa a invadir a vida de um poeta como você, onde ela te encontrou? Em que idade, em que lugar do planeta?

Mano Melo - Foi no Ceará, ainda no curso primário, quando ouvia um menino mais velho dizendo poemas numa hora de arte que tinha uma vez por mês na escola. Ele interpretava lindamente um poema chamado A Morte do Cão: “eu tinha um cão, chamava-se Veludo. Esquálido, pulguento, imundo/ o mais feio cão que havia no mundo...” Então o homem da história levava o cão num barco e jogava no meio do mar. Na volta, percebe que perdeu um medalhão que sua mãe lhe dera antes de morrer, única recordação de sua querida mãezinha.Debulhou-se em lágrimas, quando ouviu uma respiração perto dele. Era o Veludo. Na boca, ele trazia o medalhão perdido. O cão cai aos seus pés. Ele chama: Veludo! Veludo!  Veludo estava morto. Meu colega interpretava isto muito bem, eu ia às lágrimas ao ouvi-lo. Não sei de quem é o poema, tenho que procurar na Internet. Uma vez o Affonso Romano me soprou, mas esqueci. Foi a primeira vez que tive contacto com a poesia. Tinha uma prima também que dizia um poema assim: “A morte: da morte ninguém escapa/ nem o cura/ nem o Rei/ nem o Papa/ Ah! Já sei/ quando Dona Morte vier/ Eu compro uma panela bem grande/ Me escondo dentro dela/ E quando Dona Morte chegar, lhe digo: aqui não tem ninguém/ Vossa Excelência passe bem.“ Mais ou menos assim.Também não sei de quem é, mas adorava ouvi-la dizer. Depois teve um tio que deu uma pirada, e os livros dele vieram pra minha casa. Abriu-se um mundo mágico pra mim, antes só lia histórias em quadrinhos. Haviam  muitos livros de literatura nas estantes de meu tio Pereira, Zé Lins, Jorge Amado, Graciliano, estas coisas. E também livros de poesia. Como não era bom de futebol nem de briga, passei a escrevinhar uns poemas pra dizer ao mundo que existia.
Dai nunca mais parei!

Mano Melo e Claufe Rodrigues - Velhos amigos.
JS – E daí você entrou numas de ler, quem veio primeiro, os clássicos? Os poetas da vizinhança, qual é o mapa de leitura de Mano Melo?

MM - Histórias em quadrinhos, principalmente de caubóis, depois Edições Maravilhosas, que quadrinizava grandes clássicos.Fiquei impressionado  com adaptações do Ulisses e da Odisséia. E também com a dos Os Miseráveis, de Victor Hugo. Meu herói passou a ser o Gravoche, o menino que participava da Revolução Francesa. Neste período, também li muito fotonovelas, Capricho, Sétimo Céu, essas coisas, que minha madrinha tinha coleções e coleções. Teve esse lance das estantes do meu tio, no qual descobri a verdadeira literatura. Quando vim ao Rio, com 16 anos, conheci meu tio João, marido de minha  tia Gerarda, que era médico e uma pessoa de vasta cultura. Quando ele morreu, fui morar na casa de minha tia e lá haviam muitos, mas muitos livros, estantes até o teto. E justamente o quarto da biblioteca é que ficou sendo meu quarto. Tinha Goethe, Sófocles,  Aristófanes, muitos clássicos. Mas quando descobri as obras completas do Fernando Pessoa, pirei. A identificação foi tão grande, que quando o poeta ficou muito popular, eu tinha ciúmes, achava que só eu o entendia, como se estivessem devassando minha alma.  Sabia de cor Tabacaria , O Guardador de Rebanhos, Poema em Linha Reta e muitos outros.  E se já tinha mania de escrevinhar desde pequeno, essa descoberta foi um salto adiante,  jurei transformar-me numa máquina de escrever. Era o início de me assumir como verdadeiramente um poeta.

JS – No Rio de Janeiro, a Boemia, a mulherada... os recitais, o cinema, como foi esse momento?

MM - Quando terminei o curso secundário, fiz vestibular para o Conservatório Nacional de Teatro, hoje Unirio, que ficava no prédio da UNE incendiado no golpe de 64. Ficava ali na Praia do Flamengo. E também para o IFCS, estudando Filosofia. Fiz as duas faculdades simultaneamente. Aos 18, minha família conseguiu para mim um emprego de caixa de banco, quase fiquei maluco. Passei a escrever uns poemas tenebrosos, ainda hoje me lembro de um: “Aqui jaz um corpo inútil/ que viveu uma vida fútil/ e que agora não é mais nada/ a não ser decrépita ossada“.  Tinha isso pendurado na minha caixa no banco, a clientela não entendia nada, a gerência menos ainda. Então me convidaram para protagonizar o curta metragem, Atitude Nova Vida, direção do Pedro Jorge Cunha. Ou fazia o filme ou continuava no banco. Então pedi demissão. Ou melhor, fiz com que me demitissem, pra não perder a indenização. Que alivio! Se não tivesse tomado essa decisão, talvez não estivesse aqui contando essa história, Jiddu. Recebi a indenização, torrei tudo. Freqüentava muito o Zicartola, Estudantina, rodas de samba, essas coisas. Me apaixonei perdidamente por uma dançarina do Cabaré Brasil Dourado, da Lapa. Ela se chamava Gina Rossi, linda, muito linda, uma deusa, Afrodite feita humana.  Ela me achava um garoto, e com razão. Tomava porres homéricos, sentado no meio fio, chorando rodriguianamente lagrimas de esguicho, suspirando por ela. Ela me ensinou muito de erotismo, eu era um bobo que não sabia de nada, ela foi a transição para minha vida adulta. Ela adorava teatro de revistas e fiz um aprendizado profundo dos atores populares em companhia dela, assistindo Costinha, Colé, todas aquelas feras. Sem contar aquelas vedetes de pernas maravilhosas. Ao mesmo tempo, acontecia a Nouvelle Vague, o cinema novo, o Cine Paissandu, os grandes e marcantes espetáculos de teatro, Rei da Vela, Opinião, Liberdade Liberdade, Morte e Vida Severina. A morte de Edson Luiz, a passeata dos 100 mil, 1968, as escaramuças contra as forças da repressão. 

JS – E daí veio o pé na estrada, anos 70, a caminho da Índia, ou foi Europa primeiro?

MM - Peguei um avião Rio de Janeiro – Bombay. Como tinha umas amigas em Paris, Marli e lamara; fiz escala lá, fiquei quinze dias. Elas estavam indo pra Grécia e me convidaram pra ir junto, num roteiro que incluía Suíça e Itália, Firenze.   Fiquei  uns quinze dias em Atenas.  De lá, as meninas ficaram e tomei o avião pra índia.

JS – E os amigos, a saudade? Qual era o contexto, o mundo hippie? A busca espiritual? A desilusão com a ditadura?

MM - A saudade era enorme, mas não dava pra ficar pensando. E também estava ávido de viver coisas novas, descobrir o inédito, o inaudito. Não sei se podemos chamar mundo hippie, talvez, porque detesto rótulos. Era o que era, sem rotulações. Haviam muitas pessoas na estrada, homens e mulheres, uma tribo nômade numerosa, e a Meca era Goa, na Índia, era lá que as coisas estavam acontecendo. E era pra lá que eu queria ir. O Brasil em plena ditadura, a busca era ver o que se escondia por detrás da palavra Liberdade, viver sem laços ou liames, apenas a estrada, a luta quotidiana por sobrevivência. Aprendizagem. Desenvolver seu ser individual, as potencialidades, sem amarras, o mais próximo possível da Liberdade absoluta, sem pátrias, sem família, sem profissão, sem amores fixos, apenas a estrada e a alma aberta para viver o que fosse acontecendo.

Em Cena, Mano Melo é imbatível na arte de falar poemas,
ele tira de letra e arrebata o público!
JS – E a música, as bandas na Holanda, os coffe shop, como foi isso?

MM - Estava no Afeganistão nas vésperas da invasão russa, fui me refugiar na Holanda, porque encontrei muitos holandeses na estrada e eram pessoas da melhor qualidade. Cheguei  em Amsterdam  no auge do inverno, dezembro, sem tostão.  Arranjei trabalho numa tea house  dessas bem freaks. Lá pra fevereiro os donos, Ucci e Charles, estavam de saco cheio e me propuseram, a mim e à grega Kathy, que hoje é uma poeta reconhecida em seu país, tomarmos conta do lugar, sobre a promessa de devolver a casa na primavera, que era quando começava a entrar dinheiro. A gente trabalhava ali, eu, Kathy, o Witzel pai do Ucci e uma garota australiana, a Lidia. Não havia capital, a gente vendia sanduíches, chá e café, o que a gente apurava, gastávamos no supermercado pra renovar o estoque, pelo menos tínhamos o que comer. Na primavera, quando a casa começou a lotar, Charles e Ucci propuseram que continuássemos a administrar a casa. Eles apenas se reservavam o direito de não trabalhar, entrando na partilha dos lucros. Então a casa começou a encher, virou moda, ficava no centro de Amsterdam, no coração do turismo, entre  a Centraal Station e a Praça do Dam. Então começou a entrar muita grana. Trabalhávamos  das 3 ás 3, nem dava tempo de gastar. Aluguei uma casa barco (houseboat). Por ideia minha, fizemos do lugar um ponto de cultura, passando filmes do Glauber, passando filmes africanos, apresentando bandas alternativas da cidade.  O lugar ficou um ouriço, muita gente, muito agito. E entrava também muito dinheiro, guldens holandesas, marcos alemães, coroas suecas, francos franceses e suíços, dólares. Mas lá para a metade do verão já estava de saco cheio, contei o dinheiro, passei minha parte  adiante e fui em busca de um lugar ensolarado na beira do mar. Portugal estava em plena euforia pós revolução dos cravos e então fui pra lá. Quando fiquei duro de novo, voltei pra Holanda.

JS – A tua poesia foi ficando filosófica? Ou os temas eram livres mesmo!

MM - Sempre tinha cadernos em que escrevia, quando o caderno acabava, copiava as partes mais substanciais, burilava e ia acumulando, o que deu num livro que batizei de O Cangaceiro  Elétrico, que depois fiz uma edição em Portugal, em minha segunda estadia no pais.
JS -  Quando exatamente nasceu o clássico Sexo em Moscou?

MM - Um dia, já de volta ao Brasil, com insônia, comecei a pensar nos meus tempos de ativista político na Universidade. Me veio o nome Lenine, que motivou o primeiro verso: “ me Lenine toda, meu bem, me Lenine toda, todinha!”   Aí comecei a rir sozinho, fui me lembrando dos ícones do comunismo e construindo versos para fazer rir. Me diverti muito. O dia seguinte havia o lançamento de uma revista capixaba num bar em Ipanema. Levei o poema pra lá, ainda manuscrito, nem sonhava com computador. Aí me chamaram ao palco e disse que havia acabado de escrever um poema que não tinha nome ainda, não sabia se o nome seria Amor em Moscou ou Sexo em Moscou. O Cazuza, que estava na platéia, gritou: Sexo em Moscou! Aí o nome ficou sendo este, quem batizou foi o Cazuza. Comecei a dizer o poema e me surpreendi com a reação da platéia, todo mundo ria, ria muito, e fiquei empolgado, não sabia que o poema teria tanto impacto. Hoje me orgulho quando chego em alguma cidade pelo Brasil, Rio Grande do Sul, interior de Minas, Bahia, em muitos lugares, sempre encontro algum poeta que interpreta de cór este poema, o que sempre me emociona. Nesta noite em Ipanema aconteceram duas coisas importantes na minha vida, a estréia de Sexo em Moscou, e haver conhecido a Elisa Lucinda recém chegada de Vitória e que até hoje é uma grande amiga, uma pessoa que amo muito.

JS – E o cinema? Roteiro, atuação uma paixão por Macunaíma e tal... fale disso.

MM - Não quero falar desse filme do Macunaima, deu muita confusão, nunca recebi a grana pelo meu trabalho,só ínfima parte do combinado, ou seja, levei um beiço. Não guardo mágoas, mas não quero falar sobre o filme. Mas quero deixar claro que não era o Macunaíma do Joaquim Pedro, pras pessoas não confundirem. Fiz alguns filmes e novelas, sim, de vez em quando faço. , mas prefiro falar sobre o livro que lancei agora,

Com Carla Marins, Gabriel o Pensador e Claufe Rodrigues, em
Brasília, nosso poeta mais perto do poder...
JS – E Seu novo livro, fale dele.
MM - Em maio deste ano (2011) no Ceará e dia 17 de junho aqui no Rio, lancei meu livro Poemas do Amor Eterno. É um inventário de afetos, fala de amor de uma forma escancarada, sem falsos pudores, sem medo de ir até as raízes, mas sem pieguices, com classe, modéstia à parte. Recebi patrocínio de um banco do Ceará, a  Oboé Financeira, leia-se Newton Freitas, sem dúvida o grande incentivador  das artes no Ceará, me arrisco a dizer até mesmo que um dos maiores incentivadores das artes no Brasil. Sou suspeito pra falar, mas digo que o  livro está lindo, deixei apenas numa livraria, a Argumento Leblon, de minha amiga Laurinha Gasparian. Este livro é minha libertação do julgo e exploração das editoras e também das livrarias, que cobram quarenta por cento. Estou vendendo no corpo a corpo, fazendo shows, e pela internet. Quem quiser, contatemanomelo45@gmail.com, que faço chegar até ao leitor, cobrando extra apenas as despesas postais. E também quem estiver a fim, estou com um show pronto, Mano a Mano com Mano Melo, É uma stand up poetry, assim como os cômicos estão ativos na stand up comedy. Um microfone com pedestal e pronto, sem nenhum aparato cênico, só a verdade do poeta e sua empatia com o público. Estou aberto a qualquer público,  em qualquer cidade do Brasil ou do mundo.

JS –  Hoje tem os livros, os recitais e as viagens né? Você tem alguma queixa a fazer? Acha que encontrou o valor que merece?

MM - Não tenho nada pra me queixar. É difícil ser um profissional da poesia, porque não é uma profissão reconhecida. Eu e alguns gatos pingados somos os pioneiros. Que as próximas gerações aproveitem esta área desbravada, e quando isto acontecer, terá valido a pena, pois “tudo vale a pena se a alma é CINEMA”.

Madonna

Mano Melo interpreta seu poema Madonna

Viagens e Amores de Scaramouche Araújo


No Brasil do governo Médici, a juventude procurava a saída do labirinto. Uns escolheram a guerrilha, outros encontraram seu espaço no mercado de trabalho e inventaram seus truques de tocar a vida, suportando o peso dos anos de chumbo. Outros ainda embarcaram no sonho psicodélico, antenados com o que acontecia no resto do mundo, a explosão da cultura pop e da contracultura. Woodstock era um fenômeno recente, o rock and roll era a trilha sonora, as drogas eram vistas como um meio de expandir a consciência, as novas gerações vivenciavam novas utopias. Muitos jovens do mundo inteiro foram para a estrada, viajando sem rumo, em busca de um ideal romântico de Liberdade, remando contra a maré, num caminho inverso ao da sociedade estabelecida. A Meca, o grande ponto de encontro destes viajantes era Goa, na Índia.
O brasileiro Scaramouche Araújo foi um destes jovens que ganharam a estrada. O romance, narrado em primeira pessoa, acompanha a trajetória do personagem em Goa e outros lugares da Índia, os templos do Nepal, as montanhas inóspitas do Paquistão, o Afeganistão às vésperas da invasão russa. E o longo caminho que sai do Afeganistão e, através do Irã, Turquia, Grécia, Alemanha e outros países da Europa, leva a Amsterdam, na Holanda, com seus clubes alternativos, bandas de rock, cafeterias e casas de chá, cidade em que se estabelece por cinco anos. Scaramouche narra ainda suas passagens por Portugal, Espanha, França, Bélgica e Marrocos. Uma viagem por três continentes, com suas aventuras, perigos, comédias, desalentos, esperanças, pontuada por muitos, muitos amores, amores de estrada, o eterno dentro do efêmero.
Mano Melo é bastante conhecido, por seu livro O Lavrador de Palavras, que deu origem também a um espetáculo teatral, e pelos inúmeros recitais de poemas que realizou em todo o Brasil, individualmente, e nos quatro anos de existência do Ver o Verso (Mano Melo, Alexandra Maia, Claufe Rodrigues, Pedro Bial), grupo de poesia que agitou o panorama cultural de 1999-2002, com recitais no Rio e em dezenas de cidades brasileiras, capitais e interior. Atualmente participa da novela América (elenco de apoio), no papel de Severino, o porteiro do edifício de Alex (Thiago Lacerda).
Agora, o poeta está lançando seu primeiro romance, Viagens e Amores de Scaramouche Araújo. A época são os longínquos anos 70 do século passado, quando a humanidade passava por uma grande revolução de costumes, a pílula era uma invenção recente e não havia o terror da epidemia.

Venda de livros


Meus livros mais recentes, Poemas do Amor Eterno e o romance Viagens e AMores de Scaramouche Araújo estão agora em livraria virtual, disponível para o Rio, o Brasil e o mundo:

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CAPA POEMAS DO AMOR ETERNO


APRESENTAÇÃO Mano Melo Poemas do Amor Eterno é um inventário afetivo de amores, amizades, lugares, coisas e pessoas. No momento em que as calotas polares se derretem de medo, e os cavalos arriscam seus focinhos no grande páreo do turfe nuclear, falar de amor é uma ousadia. Embora todos saibam, lá no âmago: é o que realmente importa, seja eterno ou seja efêmero. Porque o efêmero é também infinito em seu instante de glória. Novos amores nascem neste momento no universo. Os deuses sorriem





CEARIOCA

Esta trajetória que nos supomos
está determinada
desde a explosão do primeiro átomo.
Somos o que nos preenchemos.
Através da vida, vamos nos contando.
Enredados neste enredo,
buscamos a chave dos segredos
que levam aos secretos dentro da alma.
Pássaros cantando nos verdes,
caranguejos enfiados na lama,
chafurdices de ratos de esgoto,
rixas de cães com gatos.
A paisagem não é rural nem urbana.
É tudo dentro.

Em meus olhos, acendem-se pirilampos.
Uma égua baia brilha na penumbra
e galopa nas encostas do Morro da Urca.
Borboletas beijam flores nos pântanos.
Sabiás-laranjeiras, bem-te-vis,
curiós, colibris.
Ruído de carroças,
sons urbanos, vozes infantis.

A Lua acendeu
e o breu da escuridão
virou noite clara.
Ao longe,
um solo de guitarra
doeu dentro a nota mim.

A dama de branco,
memória viva dos anos loucos,
rugas sulcadas de muitos ácidos,
paira sobre a paisagem
de Ipanema,
Rio de Janeiro:
O voo das garças
e biguás
helicópteros e libélulas
sobre as águas da Lagoa.

Sou cearioca.




ADOÇOU SEU CAFÉ COM O PÃO DE AÇÚCAR
PORQUE ACHOU QUE O RIO TAVA AMARGO

A violência? Tsunami.
O trânsito? Vexame.
A Guanabara tão fétida
Que até o Cristo tampa o nariz.
Mas a paisagem é tão linda!
Dá tesão,
vontade de viver,
ser feliz.
E o Pão de Açúcar, então!
É de comer pelos olhos,
de joelhos.
O mar beija a montanha e diz:
“Água mole em pedra dura
tanto bate até que cura”.
Basta olhar o Pão de Açúcar
que o amargo vira doçura!

1 poema sobre ATUALIDADE


NADA CONSTA

Sua vida é uma luz escura,
onde não cabem saudades nem salamaleques.
Quando precisa de alguém,
sai na noite e procura.
Não permite nenhum afeto se intrometer,
nenhum querer-bem.
Seu coração é um bloco de granito
em cofre de banco.
Aguentar o tranco,
suportar o atrito,
sufocar a dor,
calar o grito
são seus atributos.
Estudou teatro e literatura,
mas acha atores e literatos
um tanto ou quanto prostitutos,
vaidosos e chatos.

Gosta de um rapaz,
à sua maneira.
Não se entrega por inteiro.
No dia em que o vê
está bem.
E quando não,
também.
Se o encontra com outra,
aceita.
Ama,
mas não demonstra.
No livro do amor,
nada consta.


DO LIVRO POEMAS DO AMOR ETERNO





segunda-feira, 16 de abril de 2012

3 POEMAS

Portfolio Poeta e Ator


Apresentação


                                  M A N O    M E L O
MANO MELO, poeta, ator, romancista, roteirista.



Interpreta seus poemas em teatros, tevês, rádios, bares, centros culturais, ciclos de poesia e congressos literários, universidades, escolas, no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil, capitais e interior. Com sua poesia, Mano Melo já se apresentou do Rio Grande do Sul à Amazônia.

Tem formação de ator pelo Conservatório Nacional de Teatro e estudou filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Publicou OITO  livros de poesia e um romance, Viagens e Amores de Scaramouche Araújo. Ator, participou de vários filmes, peças de teatro, novelas e comerciais.

FILMES ( ATOR) - André Cara e Coragem, O Cangaceiro Trapalhão, Os Trapalhões e o Mágico de Orós, Os Trapalhões na Serra Pelada, e O Homem da Capa Preta, AS Gêmeas do Pacujá, curta metragem em desenho animado em que é o narrador, direção de Otávio Escobar. Itaipu, Diário das Sombras (curtas metragens). Mais Uma Vez Amor, de Rosane Svartzmann. Anjos do Sol, direção Rudi Lagemann, vencedor do  Miami Film Internacional Festival 2006. Em 2010,  tem o domumentario Mano do Ceará, do cineasta Rômulo Fritscher, sobre sua vida e seu trabalho.
Entre 2006 e 2011, atuou em oito filmes curta metragens.

TV - Chico Anísio Show, Dóris Pra Maiores, Abenteuer Unbergriffen (seriado para a TV alemã), O Pagador de Promessas e O Auto da Compadecida, da TVE, na novela Mandacaru, da TV Manchete, como o cangaceiro Balaio - e novelas e programas de TV como História de Amor, Viralatas, A Força de  um Desejo, Aquarela do Brasil, Um Anjo Caiu do Céu, Porto dos Milagres ( como o operário Felício), O Clone, Coração de Estudante, Carga Pesada, Da Cor do Pecado, Cabocla, América ( como Severino), A Diarista, Bicho do Mato ( Record), Amazônia, Desejos Proibidos, Beleza Pura, A Lei e o Crime ( Rede Record).

É autor de vários roteiros institucionais para projetos de educação da  Fundação Roberto Marinho, e de dias temáticos para o Canal  Futura. Fez curso de roteiros para ficção com o mestre americano Syd Fields.
Participou durante seis meses das Noites de Humor, com Chico Anísio, no Rio Design Center Leblon e Rio Design Center Barra, interpretando suas poesias.
No Teatro, seus trabalhos mais recentes são Guerreiras do Amor, de Domingos Oliveira, direção Jayme Periard, e Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, no papel de Puck, direção de Anselmo Vasconcelos., A Busca, de Jane Wagner, direção Marta Paret. E o monólogo poético-teatral de sua autoria O Lavrador de Palavras, espetáculo itinerante que estreou na Casa da Gávea, em 2000, e depois no Teatro Candido Mendes. A partir daí, é apresentado como um espetáculo itinerante em diversas cidades brasileiras, como Cuiabá, Fortaleza, Baependi, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Belém, Maceió, entre outras. As apresentações mais recentes do O Lavrador de Palavras foi no festival Conte e Cante, na cidade de Baependí, MG, e durante o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias, no Teatro Sesc Copacabana, na Pousada Pequena Suécia, Penedo, RJ, no Centro Cultural Oboé (Fortaleza), durante o lançamento de seu primeiro romance, Viagens e amores de Scaramouche Araújo, Sesc Sorocaba, SP, Espaço Cultural Yanperí ( Barra da Tijuca, Rio). E  na abertura do projeto Porto da Poesia, em Vitória, ES.

Atuou também em vários comerciais, os mais recentes: Telemar, Sabão Ypê, Natura., TAM.

Além de seu trabalho individual como poeta, fez parte do projeto de poesia Ver o Verso, junto com Pedro Bial, Alexandra Maia e Claufe Rodrigues. O grupo se apresentou durante três anos, de 1999 a agosto de 2002, uma vez por mês, no Rio de Janeiro, sempre com casa cheia, e percorreu várias cidades brasileiras, por teatros, centros culturais, feiras de livros e congressos de literatura, em São Paulo, Porto Alegre, Passo Fundo, Belo Horizonte, Tiradentes, Itabira, Salvador, Fortaleza, Maceió e Belém. Abriu os festejos do centenário de Carlos Drummond de Andrade em Itabira, MG, encerrando com histórico recital no dia 31 de outubro de 2002, aniversário de cem anos do poeta itabirano, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, junto com a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal.

Participou do projeto Poesia faz escola,  uma série de dez recitais em
diversas cidades do estado do Rio de Janeiro, para alunos de segundo
 grau das escolas públicas estaduais.
 Apresentou no Bar Churchill do Meliá Brasília Hotel, o show Eros, Leros e Boleros, junto com Cassia Kiss e Claufe Rodrigues. Recital que voltou duas vezes ao mesmo local, com Mano Melo, Claufe Rodrigues, Carla Marins e Gabriel O Pensador
Aapresentou-se no recital Tributo a Jorge de Lima, por ocasião da reedição das obras completas do grande poeta alagoano.

Abriu o show de lançamento do novo CD de Roberto Frejat no Canecão, Rio de Janeiro.

Abriu a  noite de entrega do Premio Globo de Publicidade, com o poema de sua autoria Estar Entre Os Melhores, feito por encomenda para a festa.  Fez o mesmo trabalho parao premio dos melhores da publicidade Fortaleza, Ceará.

Lançou seu primeiro romance, Viagens e Amores de Scaramouche Araújo, que está nas livrarias já em segunda tiragem.

Seu poema Madonna, que faz parte do espetáculo O Lavrador de Palavras, foi adaptado e musicado por Ana Carolina, e está no CD mais recente da cantora, de título Dois Quartos. 

Co autor da musica A Beth está chegando, em parceria com Mu Chebabi, incluído no CD mais recente do cantor, de titulo Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa.

Apresentou-se com o show SOL NA BOCA, em temporada de inauguraçnao do  Canequinho Café ( anexo do Canecão). RIo de Janeiro.

No momento, apresenta seu stand up poetry, no show Mano a Mano com Mano Melo


Em 2011, ganhou o PREMIO QUEM, melhor escritor, por seu livro Poemas do Amor Eterno, lançado em 2011, em escolha de jurados e votação direta via Internet, pelos leitores da revista Quem.

CONTATO: (21) 2512 4056
                             9837 3134
                             manomelo45@gmail.com

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ALGUMAS OPINIÕES SOBRE MANO MELO

“ MANO MELO é surpreendentemente engraçado e profundo, um sensível observador que faz explodir a contemporaneidade poética que a gente não consegue enxergar”

CLAUDIA ALENCAR, poeta e atriz


“Mano Melo é a tradição vida poesia. Poeta-show!”

PEDRO BIAL,  jornalista, poeta e cineasta
“O LAVRADOR DE PALAVRAS é o melhor espetáculo que vi nos últimos meses. A gente respira o Brasil.”
       Ana Helena Gomes, jornalista

 “É surpreendente a revelação de Mano Melo como ator porque, como poeta, ele já é consagrado.”
        PASCHOAL MEIRELES, músico

“Um poeta urbano, contemporâneo, ao mesmo tempo antigo  e rural. Mano Melo é  fundamental”.

 ANTÔNIO GRASSI, ator e E EX-PRESIDENTE DA Funarte)


Mano Melo é Shakespeare com pimenta sonora –
 CHICO CARUSO – cartunista, jornalista